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FADOS

de René C. Biberfeld

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O CACILHEIRO DOS MORTOS

No convés dum cacilheiro
Andam mortos na pândega
Céu claro rio banzeiro
Nínguem sabe quando chega
Não precisam timoneiro

Muitos deixaram as esposas
Na quinta das tabuletas
Porque a pega a mais vaidosa
Deixa em casa as etiquetas
Basta-lhe ser carinhosa

Não há chulos nem beatas
Nem cangas aborrecidos
Só aceitamos piratas
Verdascos arrefecidos
E palavras insensatas

Esse coro anda de luto
E p’ra achar uma ideia
Aqui não precisa duto
O seu coração granjeia
Um repertório impoluto

Não há letra sem guitarra
Os murmúrios soltam gritos
Quando a noite nos agarra
Todos parecem aflitos
Não há mais linda algazarra

Bastam vinhos e cigarros
E pasteis de bacalhau
Atravessando os pigarros
A voz canta seu solau
Gostamos desses catarros

Como um grande nevoeiro
O fado cobre a cidade
Sem capitão nem roteiro
Só nos fica a saudade
Quando passa o cacilheiro


*

© nouvelle R.C. Biberfeld - 2000
©
photo jhrobert - 2000


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